Não é apenas uma das urbes mais famosas de Itália. Esta foi a capital da antiga e poderosa República de Veneza, centro de um monopólio comercial no Mediterrâneo, palco de histórias e carnavais. Apresentamos a Sereníssima em sete passos.
Arte
Vidro de Murano
Para desenjoar de telas e corpos esculturados, sugerimos uma forma de arte diferente: o artesanato vidraceiro.

Reserve uma tarde para ir às ilhas de Murano e Burano, menos caóticas e mais pitorescas.
Em Murano, pode visitar o Museu do Vidro, mas o que não pode perder é uma visita à fábrica de vidro soprado, onde comprovará o talento dos mestres artesãos.
História
As pontes
Neste sistema circulatório de canais não faltam pontes e pontinhas. Historicamente, destacamos duas.

A ponte de Rialto tem estatuto de antiguidade e popularidade. Ainda sobrevive, vetusta e resistente a incêndios, reconstruções e turistas.

A ponte dos Suspiros, bela e melancólica, faz a ligação entre o Palazzo Ducale e a prisão; era onde os prisioneiros suspiravam em despedida à liberdade.
Paisagem
O Grande Canal

Admitimos que deslocar-se nos vaporetti não é barato, mas poderá comprar um bilhete diário e aproveitar para ir às ilhas em redor.
O itinerário obrigatório é a linha 1, que percorre o Grande Canal, oferecendo uma panorâmica interior de Veneza com vista para as fachadas dos palácios e para a arquitetura típica em baixo-relevo.
Cultura
Piazza San Marco
Nesta praça ampla, repousam pombos e turistas em pé de igualdade.

Persista: por entre a confusão, as galerias e arcadas transportam-nos a outros tempos; o majestoso campanário enche-nos a vista.
Cada construção que nos cerca é um pedaço da biografia empolgante de Veneza: o Palazzo Ducale, a Basílica de São Marcos, a Torre do Relógio, a Ala Napoleónica, a Biblioteca Marciana…
Requinte
Os palácios
São inúmeros os locais e edifícios venezianos que merecem ser vistos por fora e por dentro.

Em primeiro lugar, o Palácio Ducal encanta não só pela decoração como pela viagem histórica que proporciona (residência dos governadores, sala de armas, calabouços…).

Por sua vez, o palácio Ca D’Oro é um deleito arquitetónico e atual museu de arte.
Religião
Basílica de São Marcos

A Basília de São Marcos faz a espera valer a pena: lá dentro, a palavra “beleza” adquire novas dimensões com a conjugação de dourados, mosaicos e mármore.
Invista numa visita ao museu da Basílica, que dá acesso aos recantos mais elaborados do edifício e aos seus tesouros bizantinos (vamos tentar amnesiar o facto de que foram saqueados para não estragar a emoção).
Dica extra
Alugue um carro
Em Veneza, não há trânsito. O ideal é chegar de comboio e admirar, à saída da estação, o primeiro vislumbre do canal. É a promessa do que virá depois. É viável palmilhar a cidade até ao centro e poupar o bilhete de vaporetto para visitar as ilhas. Prepare-se para o trilho árduo: as pontes em arco são estreitas, escorregadias e têm degraus, o que não facilita a circulação numa cidade tão lotada.

Apesar de haver indicações por todo o lado, as ruas e vielas são labirínticas, e descortinar o caminho para o centro é toda uma viagem ao País das Maravilhas.
Perder-se e encontrar-se é a forma mais genuína de conhecer Veneza. Além disso, só é confuso no primeiro dia. A partir do segundo dia, é como percorrer a palma da nossa mão.
Sugestões de Diana Rodrigues
Imagens de Pixabay